Soja trabalha com pequenos recuos em Chicago nesta 4ª de olho nas relações China x EUA

“Os traders querem novas notícias sobre a retomada das negociações em Pequim esta semana”, afirma a consultoria Allendale, Inc., para justificar o comportamento ainda estável das cotações da soja na Bolsa de Chicago por mais um dia nesta quarta-feira (27).
Perto de 7h40 (horário de Brasília), os futuros da commodity perdiam pouco mais de 2 pontos, com o maio/19 valendo US$ 8,98 e o agosto, US$ 9,18 por bushel. O intervalo em que os preços operam na CBOT é o mesmo há meses, e seguem sem força suficiente para sair dele.
As indefinições sobre as relações entre chineses e americanos, mesmo sem qualquer novidade efetiva, seguem como principal foco do mercado e dos traders, que permanecem mantendo sua cautela e se movimentando de forma ‘parcelada’, de olho na posição recorde dos fundos que ainda pode ser observada do lado da venda.
“A especulação continua operando sob muita penumbra política frente a Guerra Comercial, pressionando as cotações aqui em Chicago. Apesar de representantes norte-americanos e chineses indicarem a proximidade da reconciliação econômica entra as nações, os importadores privados da China continuam concentrando as novas compras da soja para a América do Sul”, explica a ARC Mercosul.

Outro ponto de especulação e espera do mercado se dá com o boletim que chega nesta sexta-feira pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) com as primeiras projeções oficiais de área para a safra 2019/20 do país. Os estoques trimestrais também serão atualizados.
Completando o quadro há ainda a questão climática nos EUA, com as enchentes que permanecem sobre o Meio-Oeste americano e no Delta do Mississipi. E os trabalhos do plantio de milho deverão começar – dentro da janela ideal – dentro de 2 a a 3 semana e os participantes do mercado também estão de olho nisso e nas decisões que terão de ser tomadas pelo produtor americana.
Veja como fechou o mercado nesta terça-feira:
>> Soja: Preços cedem em Chicago nesta 3ª feira e prêmios perdem força no Brasil