Trump planeja dispensar 15 mil militares trans das forças armadas

Trump durante comício na Carolina do Norte em 2 de novembro — Foto: Brian Snyder/Reuters

Trump durante comício na Carolina do Norte em 2 de novembro — Foto: Brian Snyder/Reuters

Os militares trans estão à mercê do vaivém de ordens executivas que revogam, a cada mandato presidencial nos Estados Unidos, medidas tomadas pelo governo anterior.

Agora é a vez de Donald Trump, que planeja dispensar as tropas transgênero que servem nas forças armadas assim que tomar posse, cumprindo uma de suas mais enfáticas promessas de campanha — a de acabar com o que chamou nos comícios de “loucura trans”.

De acordo com o jornal britânico “The Times”, o presidente eleito deverá emitir uma nova ordem removendo, por motivos médicos, cerca de 15 mil militares do serviço militar e impedindo futuros alistamentos de trans.

A equipe de transição de Trump não confirmou a informação, mas a medida ratificaria a retórica replicada por Trump.

Em seus comícios ele anunciou que proibiria o Departamento de Assuntos de Veteranos de desperdiçar “um único centavo para financiar cirurgias transgênero ou procedimentos de mudança de sexo”.

“Esses preciosos dólares dos contribuintes deveriam ser destinados a cuidar de nossos veteranos necessitados, não para reembolsar experimentos radicais de gênero para a esquerda comunista. Também restaurarei a proibição de transgêneros nas forças armadas”, assegurou.

Indicado para ser o secretário de Defesa do novo governo, o apresentador da Fox News Pete Hegseth reforça a tese da expulsão e faz críticas ao foco militar em diversidade e inclusão, sob o argumento de que “pessoas trans trazem complicações”.

Veterano em duas guerras, Hegseth sugeriu que demitiria o presidente do Estado-Maior Conjunto, general da Força Aérea CQ Brown, e outros oficiais por envolvimento em iniciativas woke.

Antes da eleição, ele condenou a liderança “efeminada” nas forças armadas e conclamou “o próximo comandante em chefe a fazer uma limpeza” no setor.

Tudo leva a crer que o presidente eleito manterá a tradição de desmontar a estratégia do antecessor e reverterá a decisão.

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