USDA: EUA tem 84% do volume estimado para exportação de soja já comprometidos

O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) atualizou seus números sobre as vendas para exportação nesta quinta-feira (22) e, como vem acontecendo tradicionalmente, os números da soja mais uma vez ficaram acima das expectativas do mercado. No acumulado do ano comercial 2016/17, as vendas americanas já somam 46.911,0 milhões de toneladas, e ficam bem além do volume de 36.982,9 milhões de toneladas do mesmo período da temporada anterior. O departamento estima que os EUA exportem 55,79 milhões de toneladas, ou seja, o volume comprometido já corresponde a 84% do total.
Somente na semana encerrada em 15 de dezembro, as vendas de soja somaram 1.819,4 milhão de toneladas, enquanto o mercado esperava algo entre 1,1 e 1,55 milhão de toneladas. Do total, 1.812,7 foi da safra 2016/17 – a maior parte destinada à China – e 6,7 mil, da 2017/18, sendo tudo adquirido pelo Japão.
As vendas de milho dos EUA também ficaram acima das projeções dos traders – de 800 mil a 1,15 milhão de toneladas – e somaram 1.251,0 milhão de toneladas, com o volume total da safra 2016/17. O principal destino do cereal norte-americano foi o Japão, respondendo por 535,8 mil toneladas. No acumulado da temporada, as vendas americanas já somam 34.344,8 milhões de toneladas, conra 19.494,2 milhões do ano anterior. A projeção é de que, em toda a temporada, a vendas alcancem as 56,52 milhões de toneladas.
Na contramão, as vendas de trigo vieram fracas e abaixo do esperado. O volume foi de 297,8 mil toneladas – da safra 2016/17 – enquanto o esperado era algo entre 300 mil e 550 mil toneladas. O maior comprador neste período foi a Nigéria.

Derivados de Soja
Os Estados Unidos venderam ainda 139,7 mil toneladas de farelo de soja, contra expectativas de 125 mil a 175 mil toneladas. A maior parte foi da safra 2016/17, e apenas 500 toneladas da 2017/18. Foram vendidas também mais 500 mil toneladas de óleo de soja na última semana, total dentro das expectativas de 5 mil a 30 mil toneladas.
Os maiores compradores foram, respectivamente, o Canadá e o México.